Passos na Areia
o pedaço
de sargaço
que arrasto
em cada passo
é o espelho
do que faço
e contrafaço
vai-se perdendo o espaço
seco e velho
e muito gasto
Natal
penumbra de olhos plasmados
na soturna agonia
de brinquedos impossíveis
a refulgir do sonho
indiferentes
às mãos nuas impotentes
vasculhando desesperos
nos bolsos esburacados
criança
salpicada de natal
Somos cinco irmãos
desiguais no tamanho
em tudo bem diferentes
cada um com o seu jeito e o seu mister
só a palma lhes traz a união
os cinco são como os dedos de uma mão
abertos com ternura a toda a gente
cerrados um só punho e um arreganho
difícil de vencer
Francisco Salgado
Monday, June 25, 2007
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